Thursday, December 11, 2008

As aves que aqui gorjeiam...




Cheguei ao Brasil, depois de 1 ano, 1 mês e 19 dias longe. Achei que ia ficar mais emocionada vendo as ruas e árvores de Brasília, mas me senti como se estivesse estado aqui ontem. Que bom, eu acho. A sensação de familiaridade é tão grande que não dá espaço para estranheza, mesmo depois de tanto tempo fora.

Depois da primeira noite (que, diga-se de passagem, foi sofrida devido ao calor e descompasso do meu fuso horário), ao acordar, foi que eu tive o primeiro choque "ohhhh, estou no Brasil!" Eu ainda não tinha aberto os olhos quando comecei a ouvir um cantar de pássaros, alto, alegre, musical. Que lindo! Que lindo!

Eu não havia me tocado de que passei mais de um ano sem acordar com canto de passarinhos - com esse canto específico - até ouvir de novo a musiquinha dos sabiás e tico-ticos de manhãzinha. Só não recitei o Golçalves Dias inteiro em pensamento porque não sabia o poema todo. Mas nem precisava do poema, o sentimento foi preciso e profundo. Não teve como não pensar que os passarinhos brasileiros e sua música são os mais lindos do mundo.

O "ghuu-ghuu" da gaivota pode ser bacana e fazer pensar no mar, o "crááá-crááá" do corvo negro pode ter seu valor e fazer pensar em Hitchcock, mas nada se compara a um despertar ao som de "tri-li-li-lá-lá-rull-trull-lu-lálálá" das aves do cerrado!

p.s. : o sabiá veio do Flickr desse cara aqui, que tem fotos lindas de vários pássaros e outros animais do Brasil. A gaivota é produção caseira mesmo.

Wednesday, December 3, 2008

Gostinho do Brasil


Eu tenho um casal de amigos aqui, brasileiros, que já estão em São Francisco faz alguns anos. Esses dias a minha amiga estava dando risada e me contando que a sogra manda chinelos havaianas para eles todos os anos. Eu entendo a intenção da sogra dela, e os meus amigos também. É bem querido da parte dela querer que o filho e a nora sintam um gostinho de Brasil, mesmo estando tão longe. Além de havaianas, ela também manda DVDs de filmes como Deus é Brasileiro ou O ano em que meus pais saíram de férias, e às vezes até café Pilão.
Mas o fato é que ela não tem a menor necessidade de gastar um dinheirão para por essas coisas no correio, pois tudo isso se acha aqui e por um preço totalmente razoável. E meus amigos falam pra ela que não precisa, que aqui tem havaianas, etc. mas talvez ela ache que seja só doce e manda assim mesmo.
Eu até já comentei aqui sobre coisas do Brasil que me fazem falta. É claro que nem tudo tem aqui, mas todas essas coisas que são impossíveis de se achar aqui também não tem como por no correio. O que dá para postar, pode ter certeza que tem.
Posso dizer seguramente que, de falta de feijão, pão-de-queijo e de café, brasileiro nenhum sofre por essas bandas. Quem acompanha a novela das oito pode assistir à Globo; quem não vive sem arroz e feijão pode fazer em casa ou comer em restaurantes; quem quer comer churrasco paga caro, mas come; quer tomar Guaraná e comer açaí, goiabada, farofa e frango com quiabo, fácil; se estiver afim de comer uma coxinha e tomar um café, é só ir na lanchonete brasileira. quem não sabe fazer arroz sem Arisco completo (como eu) vai na lojinha brasileira e compra. quem quer usar havaianas, vai na lojinha mamãe-sou-moderninho e compra (por 15 dólares). Enfim, dá para sentir gostinho de Brasil aqui sim!
Viva a globalização! Viva a horda de imigrantes brasileiros! Viva o sucesso que algumas coisas do Brasil fazem no exterior!

Friday, November 21, 2008

Agora eu senti!


Muita gente têm me perguntado como estou sentindo a crise econômica aqui nos Estados Unidos. E eu venho respondendo que, pelo menos até agora, não me afetou em nada. Os preços no supermercado não subiram, a gasolina fez foi diminuir recentemente, e eu não estou tentando conseguir crédito - ao menos agora. 
Tudo bem que não tem como não perceber a presença maciça do assunto nas notícias, nas conversas. Parece também que as lojas de departamento estão fazendo mais "sales" do que o costume, ou estão fazendo-os mais cedo. Mas sinceramente, desde que eu cheguei aqui a impressão que eu tenho é de que essas lojas estão em "sale" o tempo todo. Elas só mudam o tema: Black Friday, X-mas, Valentine Day, Spring, Mother's Day, Memorial Day, Fathers' Day, Summer, Independence Day, Back to School, End of Summer, Labor Day, Fall, Columbus Day, Election Day, Thanksgiving, Black Friday... Mas para mim tanto faz, pois não tenho comprado muito mesmo - ao menos agora.
Fora isso,  eu já ouvi de amigos (três) que as empresas deles fizeram cortes de pessoal bem radicais, tipo, 10% de funcionários demitidos da noite para o dia. Isso é assustador! Eles com certeza não estão nada confortáveis. Mas eu não tenho emprego mesmo, então medo de perder o emprego não é algo com o que eu precise conviver - ao menos agora.
Enfim, efeitos diretos da crise na minha vida eu não tinha sentido -  até agora.  Mas semana passada, eu finalmente - e infelizmente - senti uma dor aguda no bolso, resultado direto dessa confusão econômica. E o mais irônico é que eu senti essa dor no Brasil mesmo. Foi quando eu fui dar uma verificadinha no saldo do meu fundo de aposentadoria (que eu pretendo sacar para pagar meu MBA no ano que vem). Ui! Eu não acreditei no que eu vi: 30% sumiram, foram para o ralo, escafederam-se! Mandei um email para o fundo na mesma hora, pedindo explicações. Recebi a resposta no dia seguinte: um texto longuíssimo, que no fim só quer dizer "apostamos na bolsa e nos f..." 
Essa doeu, viu?!

Ano 2, aqui vou eu!


Essa foto é da janela da sala da primeira casinha que tivemos aqui. 
Quando chegamos em SF, ficamos dois meses nesse apartamento, que a empresa do Ri alugou, até acharmos um lugar definitivo - o que não foi fácil, por sinal. Eu sofri para achar um apê bacana pra gente, não apenas porque encontrar um lugar decente que não custe uma fábula é tarefa de Hércules aqui em San Francisco, mas também porque eu sofria com meu inglês capenga, tendo que ligar para mil anúncios todos os dias. Minha barra de bookmarks do computador estava dominada por dicionários inglês-português, tradutores e ferramentas de pronúncia e o primeiro vocabulário que eu aprendi consistia em termos como "hardwood floor", "landlord", "detailed ceilings", "split bathroom", "security deposit" etc.
Mesmo assim haviam (muitos) momentos em que o diálogo não rolava mesmo. Com o dono desse apartamento em que eu moro agora, por exemplo, eu nunca consegui me comunicar. Ele é chinês ou japonês, não sei bem, mas tem um sotaque super forte. Eu sei que ele deixava recado no meu celular e eu tinha que esperar o Ri chegar em casa para ouvir e "traduzir" pra mim.
Nessa época, eu estranhava bastante o fato de que o sol já se punha por volta de umas cinco da tarde (essa foto deve ter sido tirada entre 4h30 e 5h30, no máximo). No verão, já foi o extremo oposto, ainda estava claro até umas nove da noite, o que eu acho maravilhoso. Curti ao máximo esses dias longos de verão, a cidade inteira curtiu.
Mas agora voltou a escurecer às cinco de novo. E isso significa que já estou aqui há um ano! Uau, confesso que nem senti. Acho que é porque quando a gente está curtindo, nem vê o tempo passar, né? Vendo essa foto de um dos meus primeiros "sunsets" aqui e lembrando desses primeiros dias é que eu vejo quanta coisa já passou. Quantos amigos fizemos, o quanto meu inglês melhorou (ufa!), quantos dias incríveis tivemos, o quão mais familiar eu me sinto agora com a cidade, e quanta saudade do meu Brasilzinho também!
Pro meu segundo ano aqui, eu não posso desejar nada além de que ele seja tão bacana quanto o primeiro foi. Vamos que vamos!

Saturday, November 15, 2008

Holiday Season!

A árvore da Union Square do ano passado. 

Entrei no clima de Halloween e coloquei umas abóboras na minha mesa de centro.


Para mim, o período entre dezembro e fevereiro (inclusive) sempre foi a melhor época do ano. A alegria começava com o final das aulas; depois vinha o Natal; depois o Reveillon; aí o Carnaval e geralmente pertinho do Carnalval meu aniversário. Daí em março começavam as aulas e acabava a alegria. 
Esse ano, eu percebi que aqui nos Estados Unidos o final do ano também é a época mais legal, mas é um pouco diferente. 
A alegria começa com o Halloween, no finalzinho de outubro. Eu fiquei impressionada como as pessoas dão bola para o Halloween. No meu bairro, quase todas as casas tinham abóboras na porta. Nas lojas em geral, mil artigos para decoração. Tudo de abóbora por todos os lados. Eu achei até uma cerveja sazonal, feita com abóbora! E no dia do Halloween, as pessoas se fantasiam mesmo, e não são só as crianças não. Eu vi muitos crescidinhos usando fantasia até para ir ao trabalho. 
Daí vem o Thanksgiving, dia 27 de novembro (portanto, ainda antes do Natal), que também é bem importante aqui. Vai ser meu segundo Thanksgiving nos states (já!) e esse ano vamos nos juntar na casa de uma amiga e assar um peru todos juntos, acho que vai ser divertido! O que eu acho bacana no Thanksgiving é a idéia de as pessoas se juntarem e agradecerem pelas coisas boas. Eu quero dizer, esse é o foco da coisa toda - agradecer. Sem correr às lojas para comprar presentes. Bem, talvez correr ao supermercado para comprar o peru, mas é isso.
Aí, enfim, vem o Natal. No ano passado, eu estava ansiosa para passar o Natal nos Estados Unidos, pois achei que finalmente a idéia do Papai Noel com aquela roupa toda e os bonecos de neve iam fazer sentido. Mas em São Francisco não neva! De qualquer maneira eu adorei, tudo decorado tão lindinho... E esse ano já está começando a ficar tudo decorado de novo.
Só que aí, acabou. O ano novo não recebe tanta atenção por aqui, e logo depois já está todo mundo de volta à escola pois o break de inverno é bem curtinho (as férias longas aqui são em julho, no verão - o que faz sentido; o que para mim não faz muito sentido é o ano escolar começar no final de agosto, mas enfim...).
Sabe o que é bom nisso tudo? Que esse ano eu vou ter uma melhor-época-do-ano prolongada, porque estou começando aqui e vou esticar no Brasil. Mais ou menos como aquelas pessoas chiques que passam a primavera e o verão em Paris e depois vão para o hemisfério sul curtir o resto do ano. Demais!

Tuesday, November 11, 2008

Um pouco de poesia


Glauber Rocha em uma encruzilhada no filme "Le Vent d'est" (1970), do Godard.

Uma das coisas bacanas de se aprender uma nova língua é que você se torna mais apto a entender a arte, a cultura, a história e o legado de um povo. Pesquisadores sabem disso, pois não é à toa que quem quer estudar uma área científica que tem boa parte de seu conhecimento registrado em alguma língua específica parte logo para a tarefa de aprender aquela língua, para poder ler originais. 
Agora que eu estou começando a me sentir mais confortável com o inglês, estou começando a me aventurar pela poesia. Hoje eu li um poema lindo, de Robert Frost, e me deu vontade de compartilhar aqui:

The Road Not Taken

Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then look the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay,
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I - 
I took the one less travelled by
And that has made all the difference.

Monday, November 10, 2008

Adaptação


Quando uma pessoa se toca de que ela está se acostumando com a cultura dos states? Quando ela se flagra assando cupcakes ao invés de um bolo inteiro!

Thursday, November 6, 2008

Mais eleições




As fotos acima foram tiradas por uma amiga no dia da eleição, aqui em San Francisco. A Celia, que é francesa e não pode votar, foi às urnas no dia 4/11 só para ver o movimento e tirar umas fotos. Ela é super politizada, e ficou empolgada de ver como as pessoas foram votar em massa (só lembrando: aqui o voto não é obrigatório) e pareciam todas muito felizes exercendo esse direito.

Confira mais fotos dela aqui.

Tuesday, November 4, 2008

Yes we can, but not all of us...




Hoje foram as eleições aqui nos Estados Unidos (para quem ainda não sabe.) E eu fiquei muito decepcionada!
Sim, o Obama venceu e isso é ótimo! Eu não esperava nada diferente disso e fiquei muito feliz por confirmar que nem só de "rednecks" esse país é feito. Eu confesso até que me emocionei com o discurso de vitória dele (acho que estou começando a gostar mesmo dessa nação...) Mas um resultado me impactou muito mais do que a disputa presidencial: a da proposição número 8 aqui da Califórnia.
As proposições são votações estaduais onde é possível, por meio de voto popular, alterar a legislação dos estados. A número 8 foi proposta por um tal de "Ato da Califórnia de Proteção ao Casamento" para tornar inconstitucional a decisão da Suprema Corte da Califórnia em favor do casamento gay. A Suprema Corte do Estado da Califórnia tinha decidido em favor do casamento gay em meados desse ano. Eu até comentei aqui, foi uma corrida aos cartórios e nesse meio tempo, aproximadamente 16 mil casais puderam formalizar sua união.
Porém, a Prop 8, que de acordo com seu título oficial, "Elimina o direito de casais de mesmo sexo de se casarem legalmente" foi aprovada por uma pequena margem. Na Califórnia! Em 2008! Eu simplesmente não acreditei. É muito absurdo... O próprio nome da coligação, que conseguiu reunir mais de 1 milhão de assinaturas para tornar a proposition apta a correr nas eleições, já é um equivoco: como assim proteção ao casamento? O casamento entre heteros não está em risco. O fato de casais gays terem direito a se casar não elimina o direito dos heteros! Que casamento então eles querem proteger? O gay que não é... E depois, o próprio título que eles deram já deveria depor contra a proposição. Eliminar um direito não parece assim muito legal, não é?
Mas o fato é que quem casou casou, quem não casou ainda tem muita luta pela frente...
Ai, que triste!

Saturday, October 25, 2008

Bicho-grilo


San Francisco é uma cidade bicho-grilo. Eu não precisava nem dizer isso, afinal, foi aqui, exatamente aqui, que nasceu o movimento hippie, nos anos 60. Mas o que eu quero reforçar é que a cidade continua bicho-grilo, até hoje. E não é só na Haight Ashbury não. Eu sinto "vibrações-cósmicas-paz-e-amor" em todo canto. É mercadinho natureba que só vende orgânico, semente de girassol e outras coisas mais; É uma presença inconfundível, e constante, de um certo aroma marijuana no ar; É uma horda de Caetanos-cabelo-leãozinho-calça-capri-de-corduroy-e-sandália-de-couro solta nas ruas... enfim.
Hoje eu fui almoçar num restaurante que é a mais fiel representação do que eu estou falando. O lugar se chama Café Gratitude, existem três ou quatro espalhados na cidade, mais um em Berkeley (que consegue ser ainda mais hippie que SF), e nenhum no bairro hippie (Haight).
A gente comeu no jardim dos fundos, que tem piso de terra batida e umas mesinhas de madeira bem rústicas no meio das plantas. Fica tocando um reggae bem tranquilo. O cardápio é composto só de vegetais e grãos, quase tudo cru. E orgânico, claaaaro! O nome dos pratos, bebidas e sobremesas são todos algo como: Eu sou graciosa, Eu sou harmoniosa, Eu sou pacifista, Eu sou maravilhosa, etc. Sério. Daí quando o garçom traz seu pedido, ele pergunta: "Você é maravilhosa?". Hahahaha.
Para completar a onda bicho-grilo, o garçom "deixou uma pergunta" na nossa mesa: "Qual será sua próxima aventura?". Juro!
E no final, junto com a conta, veio um cartãozinho que só vendo (foto abaixo). Ah, hippongas... Eu adoro!



Tuesday, October 21, 2008

Momento coruja!




Já tem mais de um ano que eu saí do Banco do Brasil, mas eu ainda tenho uma ligação forte com a empresa (até porque, até agora, ainda não tenho um outro empregador...). Apesar de que quando decidimos vir para San Francisco, eu já estava bem cansada, eu gostava muito do meu trabalho lá, tanto na área de marketing, em Brasília, quanto depois, no CCBB, em São Paulo, e nos meus quase 7 anos lá eu aprendi muito, mas muito mais do que na faculdade.
Então, esses dias quando eu vi o relatório da Interbrand sobre as marcas mais valiosas da América Latina, tive um ataque de corujisse ao ver o BB em terceiro lugar. Tudo bem que nossos principais concorrentes estão respectivamente em primeiro e segundo, mas para quem quer trabalhar com branding, é muito bacana ter feito parte do time de comunicação institucional da terceira marca mais valiosa da América Latina!

Notícias de chorar (de rir)


Muita gente diz que aqui nos Estados Unidos as pessoas são bastante alienadas, e que as "notícias" que a maioria dos americanos seguem são mais ligadas à vida particular de celebridades do que ao que está acontecendo de importante no mundo. Em certo grau, é verdade. Eu nunca vi tanta revista de fofoca e tem programa na televisão só falando da vida alheia. Mas ao mesmo tempo, a gente também tem lá nossas Caras e cia no Brasil (conheço até gente que assina!!!).
Com relação à política e economia internacional, acho que em média no Brasil recebemos mais informações, mas tanto lá quando aqui o fato é que quem se interessa em entender de verdade o que acontece no mundo, tem fontes à disposição mas precisa tomar um tempo para ler. O que acontece é que muita gente tem preguiça de realmente se debruçar sobre um jornal sério, sem muitas "figuras", e o conhecimento se resume às manchetes, essa é a verdade. Aqui ou no Brasil.
Enquanto eu leio meu jornal preferido aqui, eu fico pensando nisso. Esse jornal, o The Onion, não tem uma notícia sequer que seja real. É tudo inventado, em textos hilários, de chorar de rir (sozinha no ônibus, pense!). Ele é de graça, toda quinta-feira. Eu leio toda semana, pois além de dar umas ótimas risadas, aprendo um inglês mais coloquial e irônico (sim, existe ironia aqui, por mais que muita gente nunca tenha visto). O que eu acho mais interessante é que as notícias, apesar de totalmente falsas, abordam assuntos que estão sendo discutidos pelos veículos "sérios" e geralmente fazem (sérias) críticas inteligentes, por meio de humor. É um bom complemento para os jornais sérios.
Confere lá, tem uma versão online: The Onion

Thursday, October 16, 2008

Roupa suja - não - se lava em casa!

Uma coisa que aqui é bem diferente do Brasil é como se lava roupa. No Brasil, a gente lava em casa. Ou a nossa amada faxineira lava pra gente, para ser mais exata. Todo mundo tem máquina de lavar, tanquinho, ou pelo menos tanque, seja qual for a condição social. Lavanderia é coisa para o vestido de festa, ou para gente muito rica e metida à besta.
Aqui é totalmente diferente. Chique é quem tem máquina de lavar e secar em casa. As pessoas "normais" têm que ir à lavanderia, daquelas que têm um monte de máquinas que funcionam na base das moedinhas (as chamadas coin-op). A lavanderia, junto com o parquímetro e o ônibus, são responsáveis pelo quarter (a moeda de 25 centavos) ser necessidade básica no dia-a-dia dos americanos.
Eu ainda tenho sorte, pois no meu prédio tem máquina (apesar de também ser de moeda). Mas quase todos meus amigos aqui têm que carregar a trouxa de roupa suja (muitas vezes ladeira acima) até a lavanderia mais próxima.  E esperar. Sentado na cadeirinha de plástico. Ninguém merece!
Porém, existem algumas laundries bem bacanas, com sofazinho, máquina de café e até internet wireless. Eu tenho uma lavanderia preferida aqui em San Francisco, apesar de nunca ter utilizado seus serviços. Ela é favorita porque tem o nome mais incrível, que mais fala ao coração dos frequentadores de laundromat: The missing sock. É daquelas coisas que você pensa, "pô, queria ter tido essa idéia." Genial! 
Agora, mais genial ainda é o que eu achei numa outra lavanderia: um serviço de "exchange" para os pobres donos de meias solitárias. Se vc achar um par similar ao seu, é só pegar! Não é o máximo?



Friday, October 10, 2008

Lost in Translation


Eu adoro esse filme! Virei fã da Sofia Coppola depois de assistí-lo (somada uma grande influência também do Virgens Suicidas), porém "desvirei" depois do Maria Antonieta.
Mas enfim, isso não vem ao caso. O fato é que, apesar de o deslocamento cultural dos personagens americanos no filme não chegar nem perto do que eu sinto aqui (o deles é muito pior, vamos combinar!), viver aqui e experienciar o que é você "ser de fora" me fez lembrar muito desse filme. Não tem jeito, mesmo que você domine a língua, a cultura é coisa muito complicada e não se aprende tão rápido. Vai sempre haver momentos em que você vai se flagrar "boiando".
Me lembro especialmente de um dia em que eu estava voluntariando para o San Francisco International Film Festival. Nós estávamos numa sala cuidando da postagem do catálogo do festival, eu, única estrangeira, e umas 5 ou 6 americanas. Era um tédio fazer aquilo, pega o envelope - cola a etiqueta - pega o catálogo - põe no envelope - sela o envelope - põe na pilha - pega o envelope - cola a etiqueta...
Daí que as pessoas estavam fazendo isso no modo automático e papeando animadamente. Elas falavam rápido (muito rápido) e eu já estava tendo dificuldade de acompanhar o assunto. Num dado momento, alguém fez uma piada (eu acho) e todo mundo começou a rir muito. Eu, a única pessoa com uma feição séria na sala, fiquei olhando assim, meio boba, e pensando, "o que foi isso?" Acho que eu havia me concentrado colando a etiqueta bem retinho e quando dei por mim, estava todo mundo rindo eu não tinha a menor idéia  sobre o que!  Triste, né?
Naquele dia eu fiquei lembrando daquela cena do Lost in Translation, quando o Bill Murray está fazendo o comercial de uísque e o tradutor parece que não está ajudando muito... Essa cena é hilária! Essas dias eu vi de novo o filme e fiquei pensando, o que será que o diretor estava falando? Como a internet é a mãe de todas as informações, rapidamente eu consegui localizar a tradução dos diálogos em japonês daquela cena, aqui. Se você gosta do filme, vale a pena ler, e depois assistir de novo. Garanto 47.87% a mais de risadas nessa cena! 
Pena que na vida não dá para simplesmente pesquisar na internet ou usar o Google Translation para entender o que você perdeu...

Tuesday, October 7, 2008

Welcome to San Francisco!


Eu ainda não comentei como é bacana morar numa cidade que está sempre cheia de turistas. Claro, tem alguns momentos em que enche o saco, tipo quando você está com pressa no centro e tem uma multidão com câmeras e sacolas olhando para todos os lados e andando com passo de formiga na sua frente. Ufa!
Mas fora isso, é muito legal. Você vê gente de todo tipo, escuta mil línguas diferentes, dá informação e bate papo com gente interessada em saber mais sobre a cidade.
E também parece que está todo mundo feliz. Os turistas estão felicíssimos, afinal de contas, a cidade é linda de morrer e eles estão de férias. Mas aposto que os comerciantes e a população em geral também ficam felizes com a presença dos turistas aqui. Vou confessar que era bacana quando eu pegava o cable car e os turistas faziam "oohhhh!" admirando a vista justamente na esquina onde eu descia, do lado do meu primeiro apartamento aqui. Eu pensava, meio metida: "foi mal, eu moro aqui!"
E eu fico vendo isso e pensando, que pena que o Brasil não explora bem o turismo! Com tantos lugares absolutamente incríveis, um povo alegre e acolhedor, era para nossa terrinha estar tão lotada de visitantes como aqui. Temos muito que aprender... o turista que vai ao Brasil, ao invés de encontrar estrutura e informações para visitantes, é enganado pelo taxista malandro.
Na verdade, acho que o governo e a indústria do turismo têm uma grande responsabilidade nisso. Eu não vejo uma promoção do Brasil que faça jus ao nosso país e que incentive o turismo de uma forma legal. Depois de quase um ano aqui, a imagem que eu vejo muita gente daqui tendo do Brasil, promovida pelo cinema e por uma indústria de prostituição, é a da favela, a de um país que só tem pobreza e muita violência, ("é assim mesmo, como no Cidade de Deus?"), cheio de mulatas dançando peladas, onde os gringos podem tomar caipirinha e dançar salsa ("ou é samba?") na beira da praia. Ah, sim, e depois do Carnaval, dar uma chegadinha na Amazônia, "antes que os brasileiros acabem de destruí-la." Aff...



Tuesday, September 30, 2008

Luxos do Brasil

Depois de 10 meses longe do Brasil, eu entrei numa fase "as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá."
Tenho sentido bastante saudade da terrinha e, em especial, de coisas incríveis que temos por lá e que agora, com olhar distanciado, eu considero um luxo!
Os campeões da minha "wish list":

Pão francês quentinho todo dia



Aqui, assim como na França, não tem pão francês! Pior ainda, nem padaria, aquele lugar incrível onde você compra não apenas o pãozinho nosso de todo dia, mas um picolé nos dias de calorão e cerveja gelada de garrafa para salvar a festa. Quando estou comendo meu pão de forma torrado de todo dia, fico imaginando que maravilha seria poder ir na esquina de manhãzinha e voltar com um pão quentinho, prontinho pra passar requeijão... Ah, também não tem requeijão!

Suco de cajú natural



Já não tem suco de caju, que dirá natural! Na verdade, suco natural não é coisa muito fácil de encontrar aqui não. Bons tempos aqueles quando eu tomava suco de verdade, feito na hora, todo dia no almoço. Não apenas de caju, claro, mas também de laranja, melancia, goiaba, abacaxi... Bem, na casa da minha mãe tinha! Sabe porque?

Secretária do lar



Esse é outro luxo, indiscutível! Até já falei sobre isso aqui. O assunto "domésticas" no Brasil é um tanto controverso e não quero levantar polêmicas, mas não tem como negar a satisfação que é ter alguém todos os dias na sua casa para ajudar, deixar tudo arrumadinho e ainda fazer um suquinho natural pra hora do almoço! Um luxo só!

Queijinho coalho assado na praia



As praias aqui são lindas, mas... sabe como é, falta alguma coisa. Um pouco mais de calor, uma água com temperatura mais próxima do tolerável permitindo mergulhinhos ocasionais ao longo do dia, e claro, o luxo de ficar sentadinha e receber ofertas de consumo das mais variadas possíveis. Do óculos "raybom" à skol gelada, do mate com limão ao delicioso, maravilhoso queijo coalho assado. Hum...
Só no Brasil!

Friday, September 26, 2008

Logo agora...


Logo agora que chegou o outono, que é o verdadeiro verão de San Francisco, eu me dei conta de que faltam só dois meses para eu fazer o GMAT, passar com A nas aulas de cálculo e mandar meu "application" para a Haas School of Business!
Ou seja, enquanto o "verão" tá morninho e lindo lá fora, eu estou aqui afundada em matemática, gramática de inglês, etc.
Porém, tem duas coisas que me consolam:
1 - eu quero muito fazer um MBA aqui, então tá certo, tenho que fazer a minha parte!
2 - no fim disso tudo, no início de dezembro, estou indo para o Brasil curtir um verão, esse sim, de verdade!

Wednesday, September 17, 2008

I have an iPhone, I'm a weirdo; I don't have an iPhone, I'm a weirdo.


Eu não sei dizer se a coisa é exagerada somente aqui em San Francisco porque afinal de contas estamos na Bay Area e no Vale do Silício estão todas as empresas de tecnologia e tal, ou se a epidemia já está espalhada de vez por todo o mundo mesmo. O fato é que o iPhone, que na primeira versão já era uma febre, artigo de primeira necessidade para qualquer pessoa mamãe-tô-na-moda-sou-moderno-e-tô-podendo, agora virou unanimidade mesmo com a versão 3G e, principalmente, com a possibilidade de se baixar milhões de aplicativos.
Mesmo quem tem a versão antiga pode instalar mil programinhas que fazem das coisas mais bobas, como uma "espada do Jedi" que faz um barulhinho quando você "luta" com o iPhone, até coisas bem úteis como o Yelp ou o Messenger. As pessoas estão encantadas, apaixonadas, enlouquecidas.
Nesse momento, eu preciso dizer que eu ainda não tenho um iPhone. Continuando...
Ultimamente você entra no ônibus e vê as pessoas que nunca se viram na vida papeando alegremente sobre seus iPhones como fariam duas mamães com seus filhinhos. Sabe, quando as crianças "fazem amizade" e os pais começam a trocar conselhos sobre fralda, escolinha e remédio para dor de ouvido? Pois é, é como se os iPhones também "fizessem amizade":
- Ah, você instalou o Shazam? E aí, funciona?
- Ô, é ótimo, nunca falhou! E o msn, já tá usando?
- Não sabia que já tinha!!! É de graça?
- Não, mas vale a pena! Rola de mandar foto e som na hora!
- Pô, maneiro!
O problema é que agora, que TODO MUNDO tem um iPhone, as pessoas ficam lá, nesse "mundo paralelo", conectadas O TEMPO TODO. Por exemplo, se sentamos uma turma numa mesa de bar, rola um momento em que eu vejo que cada um está, ao mesmo tempo, mexendo em alguma coisa no seu respectivo brinquedinho. A pessoa tá conversando com o amigo em Paris pelo msn ao invés de falar com os amigos sentados na mesma mesa!
Esses dias estávamos eu e o Ri num restaurante desses mais românticozinhos, flores e velas. O Ri lá, olhando alguma coisa ou acho que brincando com um joguinho novo que ele tinha acabado de instalar. Eu estava admirando a decoração do restaurante e reparando que uma cadeira lá na mesa do fundo estava com um pé meio torto. Nesse momento, a garçonete chegou do meu lado e, com ar de consolo, disse: - Hi... mais um vidrado no iPhone...
Eu: - É... pois é. Hehe.
Ela: - Ah, mas pelo menos não é video game!
Eu: - Bom, não posso dizer, desse mal eu também sofro!!!

Um outro dia eu escrevo um capítulo garotos X video games X esposas/namoradas X conversa. Por enquanto estou decidindo se abro uma frente de resistência ou se compro logo o meu iPhone também! Afinal, o bichinho é incrível mesmo!

Wednesday, September 10, 2008

Ask your doctor!



Faz tempo eu quero comentar os comerciais de remédio aqui nos EUA, pois foi uma das coisas que mais me chamou a atenção na TV logo que cheguei. É impressionante a quantidade de remédios que os americanos consomem e a presença maciça de comerciais de remédio na TV é uma prova disso. Mas o que me chamou a atenção não foi exatamente a quantidade mas o formato.
A regulamentação dos comerciais pela FDA (Food and Drug Administration) exige que sejam citados os efeitos colaterais e riscos do remédio que está sendo anunciado. Sendo assim, normalmente nesses comerciais enquanto você vê uma pessoa sorrindo caminhando num parque, a locução está dizendo coisas horríveis como por exemplo "o uso de Yaz traz riscos ao fígado e pode causar AVC ou ataque cardíaco" ou "Celerex pode causar úlcera, ataque cardíaco e morte".
Mas parece que o público não leva muito à sério os avisos pois os U$5 bilhões que a indústria farmaceutica dos Estados Unidos gasta por ano em propaganda direta ao consumidor não devem estar sendo desperdiçados. Na verdade uma boa parcela do público se diverte (!) com os comerciais, fazendo paródias hilárias. Abaixo links para um comercial verdadeiro e duas paródias de chorar de rir.

Celebrex

Ask your doc about Tequila

Annuale

Sunday, September 7, 2008

"I don't want to move to a city where the only cultural advantage is being able to make a right turn on a red light." Alvy Singer



Quando decidimos nos mudar para os Estados Unidos, tínhamos duas possibilidades: Los Angeles ou San Francisco. Eu que nunca tinha colocado os pés aqui nos states, não tinha uma forte preferência por nenhuma das duas. De qualquer forma eu estaria na Califórnia, eu pensava. Na verdade o que me dividia naquela época eram as possibilidades acadêmicas: UCLA ou UC Berkeley? E no começo, eu até estava mais inclinada à UCLA por causa de um curso de extensão que me pareceu bacana e dentro do meu orçamento.
Mas viemos para San Francisco, me encantei com a cidade num piscar de olhos, conheci a UC Berkeley e agora estou enlouquecida e apaixonadamente me preparando para tentar fazer um MBA lá, certa de que não há lugar melhor para mim.
E foi somente agora, dia 1 (feriado de Dia do Trabalho aqui) que eu pude finalmente conhecer a outra opção que tive no passado. Vou tentar não ser muito dura, afinal eu curti Los Angeles, de certa forma. Mas G-R-A-Ç-A-S-A-D-E-U-S-! não foi pra lá que me mudei! Não sei, é difícil explicar algo tão subjetivo, mas L.A. não é a cidade para mim. Muito mainstream. Mais gente hip-hop style do que eu posso tolerar. Sujo. Muito trânsito, não se anda à pé, não tem transporte público decente. Muito plástico. Pouca reciclagem.
Tudo bem, tem o sol maravilhoso, praia e tudo de bom que vem junto com esses dois ingredientes. Alí sim tá rolando um verão de verdade! Mas em compensação aqui tem uma praia onde a gente pode levar cerva para tomar na areia, e lá não. Brasileiro tem que tomar uma cerva na areia, senão não é a experiência completa de curtir um dia de praia.
No fim, a impressão que fiquei de Los Angeles se resume nessa foto que postei: a praia, o sol, muitos carros e umas palmeiras compriiiidas que mais parecem ser de mentira.

p.s.
Sobre o título do post: Alvy Singer é o personagem do Woody Allen no filme Annie Hall. Ok, eu também posso virar à direita no sinal vermelho em SF (espero não fazer isso no Brasil no final do ano, hahahaha) e ele está falando do ponto de vista de quem mora em NY mas eu adoro essa frase e agora sinto que a compreendo ainda melhor.

Thursday, September 4, 2008

Antes tarde do que nunca

Andei com preguiça de escrever uns dias, e acabei deixando alguns assuntos ficarem velhos. Mas vou comentar assim mesmo, agora, porque ainda vale a pena.

Convenção do partido Democrata

É somente na convenção nacional dos partidos que os candidatos aceitam oficialmente a candidatura à presidência. É um momento importante nas eleições, mas eu não imaginava o quanto. A Convenção do partido Democrata, que aconteceu na quinta-feira passada e onde o Obama aceitou sua candidatura e fez o seu "acceptance speech", foi o maior evento televisivo do ano! Quase 40 milhões de pessoas assistiram pela TV o evento, fora as 84.000 que estavam lá. Para ter uma idéia, mais gente assistiu o discurso do Obama pela TV do a abertura das Olimpíadas, a final do American Idol (detalhe: febre nacional!) ou a entrega do Oscar.



Olimpíadas
Rolaram as Olimpíadas e eu pude experienciar como os americanos não ligam muito para os jogos, contando que eles sejam os primeiros. Claro que todo mundo acompanhou as oito provas do Michael Phelps, era assunto do dia. Mas não vi um estusiasmo geral com o restante das competições.
Só teve um canal de TV transmitindo os jogos, enquanto no Brasil só o Sportv tinha 4 canais diferentes. O Ri deu um jeito de assistir pela internet a cobertura brasileira mesmo. Ainda por cima aqui eles tinham a cara de pau de colocar no canto direito superior do vídeo "Live" quando transmitiam uma competição que rolou há 3 horas atrás!
Mas o melhor de tudo foi o quadro de medalhas! A mídia aqui, simples e descaradamente, mudou a forma de fazer o ranking, adotando o total de medalhas ao invês das medalhas de ouro colocando assim os EUA em primeiro lugar! Inacreditável!!!




Outside Lands Festival!!!
Pense quais eram as minhas expectativas: festival de música, três dias seguidos, em San Francisco, ao ar livre, no parque. Uma versão de Woodstock, claro!
Não foi tanta loucura, mas ainda assim foi tudo de bom! Meus "highlights" do evento:

Pedale, não dirija!
O povo veio de bike e parou no valet para bikes que era de graça. Consciência ecológica rules!!!


Radiohead!!!!!!!
Videozinho para matar as pessoas de inveja, huahuahua!



Muuuita gente e nenhum empurra-empurra

Thursday, August 28, 2008

Momento mulherzinha


Desculpem, mas esse post é específico para as mulheres. Não tive como resistir compartilhar meus incríveis sapatos novos, pois estou tããão feliz com eles! I'm completely in love! Hehehehe... e o melhor é que eles custaram só 25 dólares!
E depois alguns homens ainda reclamam que mulheres são difíceis e complicadas! É tão simples fazer uma mulher feliz!!

Monday, August 25, 2008

Craigslist


Quando você se muda para San Francisco, a primeira coisa que as pessoas te falam é para dar uma olhada no Craigslist. Para tudo o que você precisar você acha algo nesse site. Ele foi criado por um cara daqui, então apesar de ele ser bem conhecido e funcionar bem no país inteiro, aqui na Bay Area ele é um hit!
Foi lá que encontrei o apê que moramos. Foi lá que uma amiga minha comprou uns móveis incríveis para a casa dela. Foi lá que o ex-roommate da minha prima achou namorada. Foi lá que outra amiga minha arrumou um monte de bicos para tirar uma graninha. Além de servir de classificados para todo tipo de necessidade, o Craigslist é até mesmo fonte de entretenimento. O site tem uma sessão chamada "o melhor do Craigslist". Dá só uma conferida em algumas pérolas:

http://www.craigslist.org/about/best/sfo/780311954.html
http://www.craigslist.org/about/best/tor/763102764.html
http://www.craigslist.org/about/best/van/718260657.html
http://www.craigslist.org/about/best/den/706959726.html

Sunday, August 17, 2008

Street Portraits






Eu estava um dia desses fuçando o Flickr quando achei um cara que faz uns ensaios de retratos de estranhos nas ruas. Achei o máximo e resolvi, descaradamente, copiar. Hoje fomos na Haight Street, que é a rua dos hippies de ontem e dos doidinhos de hoje. Eu pensei, "perfeito!"
Essas são as melhores que fiz, ainda não está muito bom mas de qualquer maneira foi um primeiro exercício.

Friday, August 15, 2008

Ninguém merece!


56 graus Fahrenheit = 13 graus Celsius
Em pleno verão!!!!